dicas para a melhor batata frita!
- Cozinha da Lívia
- 2 de abr. de 2021
- 4 min de leitura
Dicas essenciais para uma batata frita mais saborosa, equilibrada, sequinha e crocante!
Como vocês enviaram algumas dúvidas em relação à batata frita, resolvi compartilhar um post mais completo aqui no website!

BATATA FRITA SEQUINHA E CROCANTE
DÚVIDAS MAIS FREQUENTES:
Qual óleo usar para fritar?
Como deixar uma fritura mais saudável, se é que é possível?
Como deixar ela sequinha e crocante?
Qual a temperatura recomendada para fritar?
Recomendo a banha de porco para fritar?
Por quê eu coloquei ela na água antes de fritar?
Vamos por partes!
1) Qual óleo usar para fritar?
Para gorduras feitas por imersão, é recomendado usar óleos e gorduras tais como: óleos vegetais (milho, canola, algodão, amendoim, óleo/gordura de coco, ou até mesmo o azeite de oliva) e /ou banha de porco. Eu preferencialmente gosto de usar banha de porco! Abaixo falo um pouco mais sobre. Mas se você quer uma opção de óleo vegetal, eu aconselho o em primeiro lugar o azeite de oliva, pelo fato de ter 76% de lipídios monoinsaturados, 14% saturados e 1% poli-insaturados. se você quiser / puder investir). Ou, se preferir, tem a opção do óleo de canola. O ideal é sempre alternar a gordura!
2. Como deixar uma fritura mais saudável, se é que é possível?
Para ter uma fritura mais saudável, ou melhor menos prejudicial o ideal sempre é usar uma gordura nova, que não seja reutilizada muitas vezes. Eu no máximo reutilizo uma vez! Quanto mais reutilizada mais saturada a gordura fica, portanto mais prejudicial a saúde. Além do que, é importante lembrar, que consumir fritura não deve ser um hábito frequente. Alterne a fritura com o assar no forno. Outra dica: prefira sempre fazer fritura em casa do que comer na rua! Afinal, em casa você tem o controle de qual gordura você está usando e além disso, reutilizar uma ou duas vezes.
Dica: se você vai fritar peixe e batata frita, frite primeiro a batata frita e depois o peixe. Não o contrário, porque se não a batata irá ficar com gosto de peixe! A mesma coisa, se você fritar peixe no almoço, você deverá no máximo reutilizar essa gordura para fritar um camarão à milanesa, por exemplo!
3. Como deixar ela sequinha e crocante?
Para deixar ela sequinha e crocante temos algumas dicas essenciais, que responde as demais perguntas também!
Primeiro: eu aconselho a usar a batata rosa para fazer batata frita. Ela fica mais crocante e é melhor para esse preparo.
Ao descascar, tente cortar o mais fina possível, isso vai ajudar a trazer crocância.
Uma dica antes de fritar, caso você queira fazer esse teste, é colocar a batata no micro-ondas antes por uns 7 minutos aproximadamente. Isso vai retirar um pouco da umidade dela, deixando-a mais crocante. E também vai garantir com que haja a desidratação da sua camada superficial!
A temperatura do óleo deve estar na temperatura certa também para garantir que a batata não fique encharcada, oleosa e dessa forma não crocante. Abaixo você confere qual é a temperatura correta para a maioria dos óleos.
Por último, você também pode deixar a batata já cortada em tiras finas de molho em um 1 litro de água e acrescentar 1 colher de (sopa) de vinagre por em torno de 10 minutos.
Em seguida é só secar muito bem com pano de prato ou papel toalha!
4. Qual a temperatura recomendada para fritar?
Depende do óleo para a fritura que você escolheu usar! Abaixo segue uma tabela com as recomendações. O ideal é ter um termômetro digital para medir a temperatura. Caso você não tenha, pegue uma colher de pau e coloque a sua ponta no óleo. Se borbulhar em volta da colher, é sinal que está no ponto.

FONTE: TEICHMANN, Ione. Tecnologia Culinária. Caxias do Sul: EDUCS, 2009
5. Recomendo a banha de porco para fritar?
Sim. Eu particularmente gosto bastante da banha de porco para fritar. Conforme estudos ela é apontada como uma das gorduras menos nocivas à saúde, uma vez que são ricos em gorduras, ácidos graxos monoinsaturados.
Eu particularmente, também percebo que a fritura nela fica mais sequinha e mais crocante.
6. Por quê eu coloquei ela na água antes de fritar?
Alguns de vocês perceberam que eu coloquei a batata já descascada e picada em um recipiente com água antes de fritar. Fiz isso justamente porque coloquei uma colher de sopa de vinagre na água para deixar mais crocante, conforme a dica citada anteriormente no post.
Depois é muito importante colocar ela em um pano de prato limpo ou papel toalha para secar bem e fritar!
UM RESUMO GERAL PARA QUEM TEM DÚVIDAS A RESPEITO DAS GORDURAS:
1) Gorduras polinsaturadas: contêm duas ou mais ligações carbono-carbono. Em alimentos como sementes, peixes, folhas verdes e nozes, podem trazer vários benefícios para a saúde. No entanto, os benefícios advindos do consumo de óleo de girassol e de milho, apesar de ricos em poliinstaturados, ainda não estão tão claros.
2) Óleos monoinsaturados: contêm apenas uma ligação dupla carbono-carbono. São encontrados em abacates, azeitonas, azeite, amêndoas e avelãs e também em banha animal. O azeite, que tem aproximadamente 76% de monoinsaturados, é um dos principais elementos da dieta mediterrânea, que tem se mostrado muito efetiva para reduzir o risco de doenças do coração.
3) Gorduras saturadas: não têm ligação dupla de átomos de carbono. Apesar de especialistas indicarem o consumo desse tipo de gordura, recentemente os benefícios dela e de outras gorduras derivadas de animais têm sido questionados.
* O último conselho é manter sempre o óleo guardado longe da luz e não reutilizá-lo, já que isso também leva ao acúmulo de substâncias ruins.
Quem fizer batata frita já sabe! Nos compartilha @cozinhadalivia
Vai ter uma batata frita antes e uma depois dessas dicas com certeza!
REFERÊNCIAS:
RIBEIRO, Eliana Paula; SERAVALLI, Elisena A. G. Química de alimentos. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.
TEICHMANN, Ione. Tecnologia Culinária. Caxias do Sul: EDUCS, 2009.
ARAUJO, Wilma. Alquimia dos Alimentos. Brasília: SENAC, 2011.
FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 1992-2004.
THIS, Hervé. Um cientista na cozinha. 4. ed. São Paulo: Ática, 2003.
WOLKE, Robert L. O que Einstein disse a seu cozinheiro: a ciência na cozinha 2. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
COELHO, Terezinha. Alimentos – propriedades físico-químicas. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2001.
PHILIPPI, Sonia T. Nutrição e Técnica Dietética. São Paulo: Manole, 2006.
DUTRA-DE-OLIVEIRA, J.E. e MARCHINI, J.S. Ciências Nutricionais. São Paulo: Sarvier, 2008.